mea culpa!

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sobre o festejo do golo, na Luz:

« essa vitória foi muito importante e aconteceu num momento importante, pois permitiu-nos recuperar a liderança e a poucas jornadas do fim. foi uma vitória que deu muita confiança à Equipa para os jogos que se seguiram. demonstrámos, dentro do campo, que fomos a melhor equipa do Campeonato!
no jogo anterior, o Alex Telles tinha apontado para o nosso símbolo e pedido “respeito!” pelo FC Porto. penso que não nos respeitaram durante toda a época. quando fiz o golo, ao festejar, nunca me passou pela cabeça mostrar a parte de trás da camisola, que diz “Herrera”, mas sim a parte da frente, que tem o símbolo do FC Porto. não quis mostrar o meu nome, mas sim o nosso escudo! quem ainda não sabia o que é o FC Porto tinha que ficar a saber! nós somos o FC Porto!
»

Héctor Miguel Herrera López, capitão do FC Porto, Maio de 2018.
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caríssim@,

campeões, carago! campeões!

estamos tod@s de Parabéns!
finalmente, depois de uma longa travessia num deserto de títulos, em que as únicas palminhas que ouvimos foram as de uma singela Supertaça Cândido de Oliveira, nesse já muito longínquo Agosto de 2013.
d
esde então, (quase) cinco penosos anos de um jejum que muitos perspectivavam não ter um fim à vista e que, mais uma vez, erraram nos seus prognósticos. novamente fizeram-nos cedo um “funeral” que teimamos em adiar – talvez porque somos sádicos e gostamos de os ver sofrer (que “nem cães” obviamente)… são os mesmos de sempre, portanto; aqueles que, rumo a um hexa que precocemente lhes enchia a alma, ainda carpem mágoas pelo pentamelão que terão que exibir ao longo da época 2018/2019… adiante.

de toda a festa que se tem feito e que ainda não acabou porque este Sábado há mais, dezanove anos depois desde a última vez, há algo que quero partilhar publicamente, por forma a “lavar o meu Espírito” e porque é da sua mais elementar justiça:

Héctor Herrera, desculpa ter sido um asno contigo estes cinco anos!
desculpa não ter acreditado em ti e nas tuas capacidades futebolísticas!
desculpa, Héctor, por nunca ter percebido que eu – esta aventesma! – é que estive sempre errado acerca da tua pessoa e sobretudo do teu Portismo.

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a humildade, patente nas declarações ali em cima e que transcrevo para memória futura, é consubstanciada nestas outras (aqui), no dia da sua consagração e que só tive conhecimento (quase) 24h depois.
efectiva e comprovadamente, enquanto adeptos, só podemos mesmo apoiar a Equipa porque desconhecemos, em Absoluto, tudo o que se passa no seio do balneário. e é que é mesmo t-u-d-o!
esta época, só tivemos acesso ao que os seus lideres quiseram que “transpirasse” para o Exterior e como sempre deverá ser. como tem que ser! o caso de Herrera é só mais um exemplo de como podemos ser injustos nas nossas críticas – e eu fui injusto muitas vezes… – principalmente porque não sabemos como o jogador treina abnegadamente, todos os dias, com afinco, por forma a continuar a merecer a titularidade.

por último, da festa no nosso teatro de sonhos azuis-e-brancos levarei comigo, para Sempre, a estrondosa ovação, de pé, dos mais de 50 mil adeptos que coloriram as bancadas e o entoar, a plenos pulmões, do cântico de homenagem a um jogador cujo seu Portismo desconhecia e que muito me emocionou. e ainda emociona, sempre que revejo as declarações que me humedecem os canais lacrimais. porque não consigo ficar indiferente a elas e sobretudo às minhas injustiças para quem tanto dá de si.

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um Dragão inteiro a gritar por Héctor Herrera

« foi incrível! foi-me muito difícil não chorar quando ouvi todo o Estádio do Dragão a gritar pelo meu nome. sinceramente era algo com que sonhava: ouvir os adeptos a gritar o meu nome, daquela forma.
no fundo, concretizei dois sonhos: levantar a taça [de Campeão Nacional] – algo que me deixou muito nervoso -, e ouvir toda aquela gente a cantar a minha música. foi uma noite inesquecível para mim!
»
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foi uma noite inesquecível para tod@s!
e uma lição de Vida para este que escreve estas linhas
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disse!
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5 thoughts on “mea culpa!

  1. Ah Lima, eu escrevi o seguinte no seguimento do lance que da canto aos coisinhos no Dragão na época passada: “ espero que o Herrera não possa sequer passar no Olival para arrumar as coisas do cacifo”. Bom… como podes calcular, sinto-me do tamanho duma formiga ao ouvir o rapaz falar. Grande capi!!!

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  2. esse lance foi à minha frente, no Estádio.
    até ao golaço, no antro do carnidense, tive pesadelos quase diários com o “esgar”(?) que o rapaz fez assim que falhou por completo a tentativa frustrada de conquistar um lançamento de linha lateral ou lá o que ele quis fazer. 🙂

    abr@ço forte

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  3. A mascara do nosso Zorro foi talvez a grande barreira para percebermos bem quem é Héctor Herrera.
    Chegou bem a tempo de lutar contra os fantasmas do passado, e com a sua espada derrotou a maldição daquele jogo do Dragão (onde mandou a bola para canto) e ferir a fundo o polvo.

    Herrera fica entre nós por mais um longo tempo.

    Abraços.

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