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hello, caríssim@!
tudo ok contigo? sim, estou mais magro. e mais esbelto. e com mais pêlo na venta, é verdade. gosto muito e ela também.
os britânicos têm a expressão “long time, no see” para momentos como este, mas não falemos de fados que nos trazem más recordações, sff. obrigado. e daí… explico.
passaram-se oito meses desde a última vez. é muito tempo, com certeza que sim – apesar de me manter activo na rede social Twitter, na conta oficial da página ⑨②ᙏïηuŧø (@92minutooficial), como, em devido tempo, o referi aqui. e de amiúde ir lançando uns bitaites na Tasca do ‘shôr’ Silva, qual bêbado na mesa do fundo a praguejar contra a sua Sorte (ou o seu Azar).
neste entretanto, toda uma época em curso está prestes do seu epílogo e sem que eu me tivesse pronunciado. e porquê? sobretudo porque não quis ser “pé frio”. sim, sou supersticioso a esse ponto. começámos a vencer e eu senti-me bem assim: confortável, no meu casulo, a torcer “por fora” mas sem estar realmente alheado do quotidiano azul-e-branco, porque há hábitos (vícios) que não se desprendem de nós num instante tão rápido quanto uma ‘revienga’ do Brahimi; quanto muito, são como um passe herrado do… renato sanches. adiante.
conscientemente optei por manter uma espécie de “anonimato” por forma a que o ‘momentum‘ da Equipa permanecesse. é como, nos jogos “a doer”, escolhermos somente “aquele” Manto Sagrado e “aquele” cachecol somente porque sim e nem pensarmos em algo diferente. o quê? sou maluquinho? sou, mas lido bem comigo e com esta minha sina, obrigado pela preocupação.
e estava eu – quem mais? – neste ramerrame songamonga quando, oh sacrilégio!, perdemos no reino dos viscondes falidos de Alvaláxia – desta feita, na segunda mão de uma eliminatória de acesso à final para a Taça de Portugal. em penáltes. mais uma vez. e como já tinha acontecido em Braga, para a ex-taça da bjeKa, em Janeiro último. fomos tremendamente eficazes em acertar nos postes; pena que estes lances não contem como golos válidos…
mais do que tecer considerandos sobre o jogo em si – porque os deixo para os Cavanis e para os meus locais de referência na bluegosfera -, o que me preocupa é esse carrossel de emoções que em menos de 72h invadiu a Nação Portista, om qual a imagem acima ilustra na perfeição.
[e abro aqui um parêntesis para te pedir desculpas pelo violento cromatismo daquela. eu sei que fere as tuas sensíveis vistinhas. a mim também. mas tinha que ser uma imagem que causasse impacto – tal como um corte defeituoso na nossa defesa… acho que compreenderás as razões.]
de volta a esse sentimento tão característico do se ser tuga e que transforma uma equipa bestial num aglomerado de bestas em menos tempo que o Sérgio Oliveira a recuperar a sua posição no meio-campo.
quem me conhece destas andanças sabe bem o que penso nestas alturas: mais do que se apregoar Exigência, é tempo de nos unirmos em torno de uma Equipa que já nos deu mais alegrias do que desconsolos, esta época. uma equipa que, em Agosto último, muitos de nós duvidavam que pudesse ter o desempenho que está a ter, este que redige estas linhas incluído. e que lutou bravamente em todas as frentes das batalhas que se propôs travar. e sempre para Ganhar! s-e-m-p-r-e!, inclusive ontem. portanto, não contem comigo para “cavalgar ondas” de pessimismo. eu acredito que iremos ser Felizes, apesar de estar com um melão pior do que qualquer #rabolhorubro depois de Domingo.
sim: no passado Domingo, quem nos lesse nas redes sociais e/ou nos ouvisse em podcasts e/ou programas de tv, éramos os maiores, não só da Cantareira, mas do Universo e tudo estava ao nosso alcance. e era, de facto, uma pena que a eliminatória de acesso aos quartos-de-final já tivesse acontecido – mesmo com a arreliadora lesão do Danilo, a forma física do plantel “presa por arames” e os (supostos) reforços de Inverno a não convencerem sequer um adepto ferrenho de Curling (piadola que pretende fazer uma interligação com “vassouradas” e tal… é aquilo a que se chama de #Limeirinha… às vezes costuma resultar…).
hoje, os mesmíssimos heróis de há 72h atrás são uma valente merda e não valem sequer um caral…ças, a começar pelo Treinador. todos, sem excepção, são piores do que um daqueles passes herrados e muit’estúpidos do nosso Capitão. muito piores do que uma intercepção falhada do Osório. muito mais horríveis do que um (suposto) passe em profundidade do Felipe. acho que já dá para se ter uma ideia.
como já referi, eu não embarco neste tipo de águas agitadas e numa espécie de bipolaridade que só encontro razões de existir por estarmos há quatro anos “a seco”, numa aparente seca de títulos que parece não ter fim. pois que conheço muit@s portistas que estiveram de-za-no-ve anos só com uma singela Taça de Portugal como orgulho, depois de outros de-zas-seis sem a conquista de qualquer título.
[momento de silêncio para expressar a minha solidariedade para com viveu esses tempos. e numa altura em que as conversas de café se esfumavam assim que os intérpretes abandonavam esses locais privilegiados de tertúlias; agora tudo permanece etéreo e para Sempre nas redes sociais, aos olhos de todos – inclusive dos que adoram quando nos desunimos.]
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acho que este testament… este texto consideravelmente longo já dá para se ter uma ideia da mensagem que resolvi explanar à saciedade:
este não é o momento de deitarmos tudo a perder com descrenças que resultam de um jogo menos conseguido nos instantes finais de uma segunda parte, por uma equipa que já leva 48 partidas numa época desgastante. e que provêm de erros de avaliação eventualmente erróneos do seu treinador – o qual, nesta mesma época, já deu mais do que provas suficientes de que aprende com os ditos. também não afirmo que este esteja imune a críticas, que não está; só não é o momento das mesmas serem tecidas em público e, como já o referi, para que todos quantos nos desejam “muito bem” as saboreiem como um golo nos instantes finais da partida e no nosso reduto.
no meu entendimento, este é o momento em que teremos que estar, de facto, com a Equipa e de sermos um só corpo e uma só Vontade e um só Querer, por forma a almejarmos um tão ambicionado título. se enveredarmos por outro caminho, só estaremos a facilitar o trilho que os outros também têm que percorrer. e, mais do que um #MarAzul, estaremos a ser uma tempestade num copo de água, numa Hysteria* despropositada.
nunca mais chega Segunda-feira…
[* sugestão musical para acompanhar este monólogo e que imodestamente considero muito apropriada para esta ocasião.]