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caríssima(o),
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1)
hoje, foi “um dia daqueles“: adormeci; o puto rabujou até chegar ao infantário, e depois disso; cheguei atrasado à labuta; tive o chefe sempre “em cima de mim” (que não nesse sentido…); os colegas (alguns) foram de uma “simpatia“ extrema, em termos de camaradagem; mal tive tempo para almoçar; a tarde não foi melhor do que a manhã, bem pelo contrário; por casualidade, descobri que ando sem um médio, no carro; o catraio não quis tomar banho a bem e a tempo de poder ver o jogo; a esposa insistiu que eu também tinha que jantar… peixe; só (re)vi o jogo, em condições, em diferido; o computador bloqueou no exacto momento em que quis escrever qualquer coisinha…
tudo muito bom, portanto. e para dar ânimo, moral às tropas. e aqui ao “je“….
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2)
apesar de todos aqueles contratempos (chamemos assim…), a partida desta noite!… a partida desta noite será memorável e para todo o Sempre.
e quero lá saber se foi ante o Bayern C ou D! tal acontece inevitavelmente só na mente só de alguns (ou nos mesmos de sempre…)! é que eu bem vi que os onze que envergaram a camisola da equipa bávara tinham bem bordado, na manga esquerda, um “emblema“ com o número de “orelhudas“ ganhas: 5, para ser preciso. e quem tem um orçamento de (quase) 450M€ pode bem com três ou quatro ausências, que há sempre mais uj ou dois para cumprir o lugar de forma eficaz…
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3)
de regresso a esta noite memorável.
é certo que estamos “no intervalo“ de uma partida de (pelo menos) 180′. e manda a Prudência que se tenham “caldos de galinha“ na euforia, que nada está ganho e nada foi conseguido – em termos de passagem à eliminatória seguinte. e bem se sabe que o próximo desafio, que é o mais importante, é a contar para o campeonato do colinho, e há uma Académica briosa para vencer – a qual certamente terá um comportamento muito diferente do da semana passada…
pois que é certo tudo “isso“ (que já não será pouco…) e muito mais…
mas, hoje. só hoje. e pela noite de hoje, deixem-me sonhar. e não me tirem este sorriso da minha face. é demasiado bonito.
e só de pensar naqueles 90′ diabólic… cheios de garra, na raça, com muita entrega; com muita paixão, com muito Querer, e com sofrimento à mistura; com a humildade portuguesa que nos caracteriza e que não significa, nunca!, que, enquanto portuenses e portistas, somos inferiores a seja quem for! assim, enquanto penso e revejo mentalmente aqueles 90′, sinto-me a tocar (novamente) o Céu. e é bom! é um sentimento bom! muito bom!
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4)
numa exibição de gala, onde, de facto, «dizimámos» um adversário muito poderoso e que é unanimemente considerado como o actual portento do futebol europeu (e mundial) – que não significa o melhor clube do mundo, que esse é ocupado, no meu coração, pelo Futebol Clube do Porto –, o Colectivo, a Equipa como um todo é o seu destaque. mas seria injusto não destacar a exibição de Ricardo Quaresma – das melhores, se não mesmo a melhor que já vi fazer com o nosso manto sagrado vestido e o brasão abençoado ao peito. e como lhe fica bem aquele sorriso rasgado, de puro contentamento e esfuziante felicidade.
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5)
obviamente uma palavra de muito apreço para Julen Lopetegui – não só por este jogo, mas também.
talvez seja bom pararmos só um pouco para traçarmos um paralelismo com o que estávamos a sentir, por esta altura, há um ano atrás… neste entretanto, chegou à InBicta um basco, com ideias novas, muito próprias e apropriadas para o que se pretendia fazer no Futebol do Clube.
desde 07 de Maio de 2014 que é o treinador do meu clube do coração e que tem o meu apoio incondicional. alguns portistas não pensaram assim e como que “emprenhando pelos ouvidos“ da esmagadora maioria da Comunicação Social lusa, sempre tão sectária, parcial, partidária e «gloriosamente» clubista, envereda(ra)m por um caminho que é tão-somente o do “puro“ achincalhamento de alguém que tem devolvido o nome do Clube onde ele deve estar: na Europa do Futebol. e esta última, apesar da nossa regional pequenez ante os “tubarões“ que nela e por ela navegam, não é suficientemente mesquinha ao ponto de nos sonegar os devidos elogios pelos méritos (também desportivos) que vamos almejando.
e, só por aqui, se vê o quão gratos devemos estar a Julen Lopetegui: é que foi o seu trabalho abnegado que nos fez chegar aqui. e sonhar com mais além. e acreditar que é possível ir mais além. e que não ficaremos só por esta época, pois que o seu contrato é de três anos.
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6)
© pravda | Tomo III
(clicar na imagem para ampliar)
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confesso que estou curioso para saber qual será a capa do prostíbulo em causa, depois da falta de “cojones“ para que aquela ali em cima, à esquerda, fosse de âmbito nacional.
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7)
por último, é certo que esta vitória é nossa, de todos nós, portistas dos quatro costados e adeptos indefectíveis que estão sempre presentes – nos bons e também nos maus momentos.
também quero enaltecer o fantástico trabalho das nossas claques – Colectivo e SuperDragões – que, para lá do excelente colorido que proporcionaram, emprestaram um apoio inexcedível à Equipa, desde o primeiro minuto ao último segundo da partida. foram e estiveram simplesmente soberbos!
mas, de um modo especial, particular e até muito “carinhoso“, também quero dedicar a nossa vitória desta noite a todas(os) quantas(os) se dedicam a essa “arte“ centenária, e que muito nos incendeia a alma: a do anti-portismo primário (por que básico).
hoje, de um modo singular, quero dedicá-la a bagão “papa hóstias“ (in)félix, a rogério aze(ve)do e a andré pipa (da água choca) pelo que escreveram aqui e aqui.
faço votos para que tenham uma noite “descansada“ no fel em que vivem, com “aquela“ azia e que, se possível, se engasguem muitas vezes no seu próprio veneno.
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“disse!“
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